quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Jabor - Gostem ou não, o texto é imperdível!


- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.

Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. .. Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.

-
Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

-
Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

- Brasileiro é um povo honesto. Mentira. Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.

Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Já foi.

Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar. Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro.

Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro !? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão:
O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão. Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

Arnaldo Jabor

4 comentários:

  1. caralho véio, o brasil acabou hein!
    pra que tanta intolêrancia assim!?
    até parace que vc não sente seu bolso...

    ideologia política é foda... fazem sair cada palavras.... oxa'la!

    ainda bem que não é pensadores assim que governam...

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  2. Ah, o Jabor! O pensamento mais reducionista que tive a infelicidade de ouvir (ler) nos últimos dias, isso porque escuto cada uma...
    Quem disse que apenas condições sociais ou biológicas, ou seja lá qual for, determinam, absolutamente, algo?
    Não sei porque estudamos direito, psicologia, as ciências humanas em geral então, se é simples assim: Brasileiro é safado, ou já foi, ou ainda é, ou é 10%.
    Ah, vamos lá, nada é tão simplista que pode caber, sem maiores questionamentos, dentro de um simples calculo matemático.
    Eu respeito e interpreto índices o tempo todo, mas estes do Jabor eu desconheço. Qual foi o bibliográfica básica dele? Certamente não foi Lacan ou Freud, também não foi Nietzsche, muito menos Baudelaire, ou qualquer outro pensador que seja relevante colocar aqui. Provavelmente ele também não vê um palmo à sua frente, ele já foi à uma favela, sabe do que está falando realmente? Quem poderia em sã consciência pré julgar absolutamente tudo, falando tão pouco, e que bom que não falou muito.
    Na verdade ele acabou de enterrar o pensamento de todos estes, (pensadores de todos os tempos e populares que são os que vivenciam realmente o que ele alega conhecer) e de todos mais os que respeito, pois estes, ao menos, não me apresentando (deferente do Jabor) a pretensão de me dar verdades absolutas, frases feitas, chavões absurdos, me fazer confiar, que seja um pouco.
    Detesto estes achismos hipócritas cheios de querer, detentores da verdade, gente assim deveria se tratar, ou virar pai de santo, ou político mesmo, já que sabe de tudo MUITO, e o que não sabe vai chutando, vai por mim, tenta tudo!
    Eu me senti chutado(a) com este texto, e está demorando para me recuperar, não porque mexeu comigo suas pseudo-verdades, mas porque dói ouvir tantas asneiras, pior, dói saber que muitos ainda engolem isso e acham muito bem feito. Para mim isso é mais um ''auto-ajuda'' só que do avesso, apenas para variar um pouquinho, mas o cerne é o mesmo.
    Várias de nossas ciências já perceberam que não existe causa-consequência, isso não é algo definitivo, nada é, se fosse, a vida não teria qualquer mistério, nada seria impossível de se prever, e hoje em dia já teríamos cartilha para toda e qualquer coisa que julgássemos digna de se saber para continuar vivo.
    Claro que não, isso é histórico, existem, realmente, sociedades que tem um nível menor de desenvolvimento (econômico, social, político), ou maior de participação dentro de um sistema que prima pela democracia, ou qualquer outro modelo político, ou número mais ou menos promissores em pontos específicos, mas isso não é um processo a-histórico. É justamente o contrário disso, alegar tudo que ele alegou é pura alegoria e das piores, de quem não tem o que dizer.
    Porque apenas no Brasil, ou mesmo, sobretudo no Brasil, as pessoas sentiriam uma vontade, maior ou menor, de ser corrupto ou se dar à certas regalias de gênero escuso?
    Isso não é exclusividade nossa, e é muito fácil ler um livro de introdução à psicologia e perceber que, em certa medida, TODOS TEMOS IMPULSOS (que ainda ousamos chamar de ''bons'' ou ''ruins'') que determinam vontades, que só são sucumbidas dentro de parâmetros morais pré-estabelecidos por interesses que claro, já não cabe à nós julgar e sim obedecer cegamente, e ainda chamarmos isso de ordem. Eu me atrevo a chamar de funcional ou não em sociedade (com relação a nomenclatura comentada à pouco sobre atos ''bons'' ou ''ruins''), não mais que isso.
    Repito, isso é insolente, achas corajoso o tema do texto, achas realmente? Apenas por não ser a coisa mais simpática à se ouvir, por favor, reflitamos um pouco...
    Não é NADA por aí...E quem se impressiona com isso precisa, ao menos, ler um pouco mais do que está habituado à ler. Passar muito bem.

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  3. Pois é, tambem acho que não é tantoo assim, desta maneira, mas o texto do Jabor (que tem muita verdade) é um desabafo de quem está cansado desta palhaçada em que o Brasil está se tranformando, agora o pior é ler comentários de pessoas que se dizem "cultas", estudadas, leitoras, citando nomes de pensadores (quando precisa mostrar que sabe é assim mesmo), mas ANÔNIMAS, será que o brasileiro também é covarde? ou será que é por medo de perseguição, pois o brasileiro é vingativo e maldoso? tem medo de assumir seus pensamentos e suas idéias? disso não podemos acusar o Jabor, pois ele fala o que ele pensa e assume as consequências...

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  4. Claro que não é tanto assim, nem poderia ser, um texto superficial destes diz apenas ''mais do mesmo'', ainda que de forma pouco comum, mas restrito à isso.
    Era contra que os jornalistas não fossem considerados suficientemente capacitados para escrever determinadas matérias, depois deste texto estou repensando e percebendo que como sempre (menos, claro, para Jabor e seus fãs) o que determina poder ou não escrever, é algo tão individual (ainda que em seu tênue limite) acabando por ser individual também o bom senso de escrever ou não, sobre algo que não se tem, no caso, o conhecimento devido.
    Não duvido, absolutamente, que o Jabor munido de relatos menos ideológicos e mais realistas poderia ter interpretado perfeitamente a realidade formal do Brasil (ainda que jugue isso bastante pretensioso) e produzido um excelente texto, bom JORNALISTA ele é, não tenho dúvidas quanto à isso.
    O problema é a falta de embasamento teórico e empírico sobre a sociedade brasileira e economia, para citar apenas dois deficits óbvios demais para se ignorar naquele texto.
    Jabor não acredita no que disse, ele é mais discernido que isso, mas separou bem as coisas para mostrar algo que causaria determinada aceitação e repercussão, outra vez para quem não entendeu, este é o trabalho dele, ELE É JORNALISTA.
    Parabéns pela astucia, não estou aqui falando sobre isso ao invés de fazer algo, de fato, proveitoso para mim? Isso significa que em alguma medida seus propósitos surtiram efeito.
    O texto teria muitas verdades?
    Não duvido, justamente por isso disse que não é algo apenas do brasileiro, é mundial, reafirmando a idéia, (e não contradizendo-a) ainda que criticando o reducionismo, o direcionamento incisivo. Em outras palavras, penso que tem tanto cabimento ou mais do que pensas vários dos aspectos apontados por ele, o problema é justamente direcionar isso para difamar uma nação específica. Agora ficou claro?
    Estes aspectos (apontados por ele como algo inerente à nossa sociedade) estão presentes em todos nós (não brasileiros, mas seres humanos) ninguém sabe/entende isso? Em que mundo eu vivo? Todos temos o mesmo potencial para fazer absolutamente tudo, o que interfere, direta ou indiretamente, são âmbitos exteriores, que nem por isso não se interiorizam, pelo contrário.
    Ou mesmo, minha crítica maior é sobre como ele direciona à nossa cultura aspectos tão especificamente ruins, se entender ao pé da letra, critico a idéia de aptidões culturais inatas apontadas por ele no texto.
    Eu não me ''disse'' culto, você interpretou isso. Quanto às citações que fiz julguei justo faze-las por dois motivos:
    Primeiro, conceitos básicos destes autores foram quebrados covardemente no texto. (sim, sei o que estou dizendo, se ler sobre eles, caso haja interesse, vais perceber isso)
    Segundo: Porque por ele a psique, aspectos físicos, metafísicos, sociais e principalmente culturais, se resumem a nada, isso é determinismo, será possível que me expressei tão mal que pareceu mais que isso?
    Se pareceu, estou me dando ao trabalho de traduzir aqui. Ainda que minha crítica realmente não seja algo simples, não disse que era mentira o que ele falou, mas sim que:
    Ele não tinha base alguma, apontou algo óbvio, direcionou, degradou e para resumir ainda fundamentou seus pensamentos em números que eu nunca vi e provavelmente nem ele, se isso não for suficiente para eu ficar indignado, me diga o que poderia ser, Juliano?
    Pedi a bibliografia básica, nada mais justo, já que em qualquer resenha você necessariamente deve mencionar as fontes. Porque em um texto vulgo-jornalistico/político seria diferente?
    Quanto à ser anônimo, perseguição, etc, não estou preocupado.
    O que tenho são críticas individuais e sem pretensão de querer parecer portador de nada mais do que o pensamento que me influência, sendo assim, anônimo ou não, quão importante é isso?
    Se o ser humano é mal ou não, (outra generalização) desculpe, não cabe aqui um julgamento meu, mas por via das dúvidas continuo anônimo, aí tire as conclusões que bem entender.

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